Frequentemente, finalmente!
- Ronaldo Gomes dos Santos
- 1 de jun.
- 2 min de leitura
Atualizado: 9 de jul.
Costumo usar o advérbio “finalmente” com certa frequência quando consigo, enfim, assistir a algum filme que estava na minha lista há tempos. E esse final de semana não foi diferente: depois de uma longa espera, consegui ver dois títulos que estavam entre os meus desejos — Lilo & Stitch (live action) e Homem com H.

Não é novidade para ninguém que eu adoro ir ao cinema quase toda semana para assistir a um bom filme. Há algo de mágico no simples gesto de entrar naquela sala escura, onde o mundo lá fora parece ficar suspenso por algumas horas. O silêncio coletivo antes do primeiro som ecoar na tela, o leve brilho da luz do projetor cortando o ar — tudo isso me prepara para mergulhar em outras vidas, outras dores, outras verdades.
Às vezes vou sozinho, como quem faz uma peregrinação silenciosa. Outras vezes, vou acompanhado, e compartilho olhares cúmplices nas cenas mais intensas ou risos abafados nas partes mais leves. Seja como for, ali encontro abrigo. O cinema me ensina a sentir com mais intensidade, a observar com mais cuidado, a lembrar que mesmo nas histórias que não são minhas, há sempre algo que me espelha.
Talvez, no fundo, eu não vá apenas pelos filmes — mas pela pausa, pelo ritual, pela sensação de que, por algumas horas, posso simplesmente existir.
Filmes da semana:
🎬 Lilo & Stitch (live action)
A nova versão live action de Lilo & Stitch traz de volta a ternura da animação original, agora com rostos reais e uma dose de nostalgia. Lilo, uma menina sensível e incompreendida, encontra em Stitch — uma criatura alienígena fugitiva — um amigo improvável e incondicional. Juntos, constroem uma família à sua maneira, com laços que vão além do sangue. O filme preserva a essência emocional da história original, destacando temas como pertencimento, perda e afeto incondicional, mesmo que alguns momentos percam a leveza do desenho animado. Ainda assim, ver Lilo dançando hula e dizendo "ohana significa família" com olhos humanos tem algo de especial.
🎬 Homem com H
Homem com H é mais do que uma cinebiografia de Ney Matogrosso — é um mergulho sensorial em sua arte, sua ousadia e sua humanidade. O filme costura passado e presente, alternando entre cenas de arquivo, performances marcantes e reflexões íntimas do próprio Ney. A montagem é livre, quase poética, em sintonia com o espírito do artista. Mais do que contar uma trajetória, o longa revela como Ney construiu, ao longo das décadas, uma presença cênica que desafiou padrões, gêneros e censuras. Ao final, fica claro: Ney não é só um cantor — é um corpo que canta, grita e dança por liberdade.
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